Mariano da Cunha Júnior, "Sinhô" Mariano é um vulto quase esquecido pelos espíritas brasileiros, embora tenha sido um dos mais brilhantes médiuns do passado, um pioneiro espírita, e, mais do que tudo isso, guarda a honra de ter sido o introdutor do inesquecível Eurípedes Barsanulfo.
Nasceu em Sacramento, Minas Gerais, em 19-11-1875 e desencarnou na Fazenda Santa Maria, no mesmo Município, em 27-4-1949.
Foi criado em lar católico, sendo que da parte de sua avó paterna, tinha dois tios padres, sendo um deles Vigário da Capela Imperial.
Embora de educação religiosa, desde a infância "Sinhô Mariano manifestou aversão às doutrinas ortodoxas, o que o levou ao meterialismo. Porém, como possuía mediunidade, começou, por sua própria vontade a pesquisar os fenômenos, o que o levou à Doutrina Espírita, sendo o mais antigo espírita da região sacramentana.
Fundou o Centro Espírita Fé e Amor na Fazenda Santa Maria em 28-8-1900. Foi aí nesse singelo núcleo que Eurípedes Barsanulfo teve as primeira provas da comunicabilidade dos espíritos, provas essas que o inspiraram ao trabalho incansável que deveria caracterizá-lo como um apóstolo do Espiritismo no Brasil. "Sinhô" Mariano era dotado de várias faculdades mediúnicas, e foi o responsável por manter por mais de 30 anos uma farmácia homeopática que atendia gratuitamente ao povo, contanto sempre com o auxílio de abnegados companheiros. Os testemunhos mais antigos dizem que na Fazenda Santa Maria os fenômenos da voz direta eram tão agudos que os espíritos se serviam das árvores ou mesmo dos telhados para oferecer as mais inequívocas provas da sobrevivência humana.
O respeito a esse médium deu origem a poemas e músicas que seus autores lhe dedicaram como tributo memorável. O médium de Uberaba-MB Celso de Almeida Alfonso rendeu-lhe homenagem com o poema-canção "Sinhô" Mariano. OUÇA.
AE-1968-IDE-Araras-SP.