Por certo alguém se lembrará deste caso da cidade de Santa Rosa, no Estado do Rio Grande do Sul, amplamente noticiado pela imprensa.
Na ocasião, em abril de1988, Leonice Fitz, uma menina com então 13 anos, era a causadora dos fenômenos paranormais que aconteciam em sua casa, na zona rural de Santa Rosa.
Esse fato rendeu aborrecimentos à família, que se via às voltas com curiosos, jornalistas e os entendidos no assunto, apresentando cada um a sua teoria, sem contudo esclarecerem, de fato, o que estava ali acontecendo.
Leonice, embora de família evangélica, foi aconselhada a frequentar um Centro Espírita naquela cidade gaúcha, com a finalidade de esclarecer-se, pois nem ela ou seus pais sabiam algo a respeito. Durante algum tempo tudo ia bem, até que acabou abandonando o compromisso, deixando de lado a séria responsabilidade que se despontava em sua vida.
Para a Doutrina Espírita, que estuda fenômenos considerados paranormais, Leonice era dotada de mediunidade de efeitos físicos, cujos fluidos específicos mobilizavam objetos e promoviam toda aquela alteração no ambiente, conforme ficou comprovado pelos que registraram tudo o que aconteceu. Nada foi surpresa para os espíritas, cuja literatura é farta em apresentar esses e outros fenômenos.
Na presença da imprensa e de pessoas ligadas à pesquisa, o acolchoado se levantava sozinho, a exemplo do colchão que também se erguia, se movimentava, e se enrolava em direção à cabeceira, estando Leonice deitada para demonstrar os feitos; explosão de lâmpadas, cadeiras se movendo, livros voando da mesa, baú flutuava com pessoas sentadas sobre ele, panelas batiam, etc..., tudo era acontecimento visível quando a jovem estava presente e sem que ela os provocasse, pois ocorriam espontaneamente.
Já naquela época, sua professora Tereza Busnello da Silva relatou à revista Veja que fatos estranhos aconteciam com Leonice.
Em 2002, durante reportagem da TVRBS, novamente a professora se recorda dos fenômenos que aconteciam na classe da escola em que Leonice estudava e que, em razão disso, os pais dos outros alunos não queriam que ela continuasse a frequentar as aulas, justamente pelos fatos estranhos que os filhos relatavam em casa.
Quando da comprovação dos fatos, pessoas ligadas à imprensa estiveram presentes à residência e puderam constatar que de fato haviam coisas estranhas, como disseram os radialistas Luciano Brizola e Luiz da Rosa, lembrando este último, em depoimento sobre um acontecimento vivido por ele, e nada comum, que “Tinha um baú do lado da cama, que pesava mais ou menos uns vinte quilos e eu e mais o meu colega estávamos sentados naquele baú, e o baú, de repente, resolveu flutuar e ficou flutuando mais ou menos uns cinco minutos com nós em cima, e foi assim uma das passagens da minha vida mais interessantes e que não vou esquecer nunca!”
Leonice, evangélica como os pais, demonstrou possuir forte mediunidade de efeitos físicos, como se chama em Espiritismo uma pessoa dotada com essa capacidade.
Quando de sua entrevista em 2002 à Televisão Gaúcha RBS, havia se passado um período de catorze anos, desde quando tudo veio à tona, estando Leonice já casada e com 28 anos. Ao ser perguntado pela repórter se ainda era capaz de fazer alguma coisa, Leonice dá um sorriso e responde que sim, como “Apagar lâmpada, ligar ventilador...”, mas que não queria mostrar nada, pois não precisava e nem tinha necessidade de comprovar o que já havia sido constatado.
NOTA: Como cada um de nós tem seu tempo marcado para permanecer sobre a Terra, Leonice deixou o convívio físico em 26-6-2010, um pouco antes de completar 36 anos, levando consigo os dons divinos que recebera, sem que tivessem sido, da parte de estudiosos, amplamente pesquisados e aproveitados.